Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Devastação ambiental: o que o Brasil tem de bom e de ruim para a COP26

A boa notícia é que as queimadas na Amazônia, a ‘menina dos olhos’ da comunidade mundial, caíram em relação a 2020 e 2019; outros quatro biomas tiveram alta

Por Caíque Alencar Atualizado em 27 out 2021, 15h14 - Publicado em 27 out 2021, 15h09

O Brasil se prepara para participar da COP26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que começa no próximo domingo, 31, em Glasgow, na Escócia, quando tentará desfazer a imagem de vilão ambiental do mundo que o governo Jair Bolsonaro construiu nos primeiros anos de mandato — não dá para comemorar, mas o país chegará ao evento com ao menos uma boa notícia para dar. 

Considerada a “menina dos olhos” da comunidade ambiental mundial, a Amazônia teve uma redução de área queimada em 2021, revertendo uma tendência dos dois primeiros anos. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, entre janeiro e setembro deste ano, foram queimados 36.938 quilômetros quadrados na Amazônia – foram 62.311 quilômetros quadrados no mesmo período de 2020, o que era um aumento em relação aos 59.826 em 2019.

A boa notícia na seara amazônica, no entanto, não se repete em outros quatro biomas nacionais: Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado e Caatinga.

Na mata atlântica, a área queimada aumentou 27,6% entre 2020 e 2021,  também na comparação dos períodos entre janeiro e setembro, atingindo uma cobertura de 19.203 quilômetros quadrados destruídos – o número é o maior registrado desde 2011.

No Pantanal, as queimadas dispararam a partir de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, saltando de 2.749 quilômetros quadrados queimados em 2018, ainda com Michel Temer na Presidência, para 12.948 no ano seguinte.

Continua após a publicidade

Já a Caatinga atingiu a maior área queimada dos últimos dezoito anos (22.282 quilômetros quadrados), enquanto no Cerrado, o fogo destruiu a maior cobertura dos últimos cinco anos (124.021 quilômetros quadrados).

Plano ambiental

Para contornar a cobrança internacional, o governo federal lançou na noite de segunda-feira, 25, o Programa Nacional de Crescimento Verde, que busca “aliar o desenvolvimento econômico a iniciativas sustentáveis. De acordo com o texto, o programa tem seis objetivos principais:

  • aliar o crescimento econômico ao desenvolvimento com iniciativas sustentáveis
  • aprimorar a gestão de recursos naturais para incentivar a produtividade, a inovação e a competitividade
  • criar empregos verdes
  • promover a conservação de florestas e a proteção da biodiversidade
  • reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com vistas a facilitar a transição para a economia de baixo carbono
  • estimular a captação de recursos, públicos e privados, destinados ao desenvolvimento da economia verde, provenientes de fontes nacionais e internacionais

Para o diretor-executivo da WWF-Brasil, Maurício Voivodic, no entanto, a carta de intenções do programa contrasta com a realidade brasileira. “O que o governo fez foi um greenwashing governamental, quando uma história é contada passando uma maquiagem verde. A verdade é que o Brasil não fez a sua lição de casa, e os investidores sabem disso”, diz.

O ambientalista lembra que, prevendo as críticas à comitiva  brasileira, não irão ao evento autoridades como o próprio Bolsonaro, além do chanceler Carlos França e da ministra Tereza Cristina (Agricultura). “Nós não vamos ter nada a mostrar, mas muito o que explicar. Pelo que temos acompanhado, a delegação brasileira vai se colocar menos como barreira e mais de uma forma propositiva”, afirma.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.