A Polícia Civil prendeu, na quarta-feira (27), 19 estudantes, que ingressaram no curso de medicina usando documentos falsos. De acordo com as autoridades, alunos de cidades de Goiás e da Bahia foram investigados, após a instituição de ensino superior de Rio Verde, em Goiás, suspeitar de fraudes e denunciar o caso. As informações são do G1.

“Grande parte dos suspeitos estudava no Paraguai e falsificou documentos de faculdades no Brasil para transferência para outras faculdades também no país. As instituições que foram alvo da falsificação informaram que eles nunca estudaram lá”, esclareceu o delegado Danilo Fabiano.

Conforme as investigações, os investigados chegaram a pagar entre R$ 40 mil e R$ 50 mil pelos documentos. Ainda segundo o delegado, alguns deles nunca estudaram medicina e já entravam no quinto ou sexto-período do curso.

“Alguns desses alunos presos já estavam em fase de internato, ou seja, atendendo à comunidade na prestação pública de serviço médico de emergência”, destaca o delegado, apontando ainda risco gerado à vida ou à saúde das pessoas atendidas.

Quatro dos suspeitos são da mesma família: uma mulher, seus dois filhos e seu irmão. “Quatro casais também estão envolvidos. Era uma forma que eles usava pra conseguir descontos na universidade por conta da questão de parentesco. Outros conseguiram, inclusive, bolsa de estudos custeadas pelo erário”, destacou o delegado.

As investigações apontaram ainda que os alunos agiram em conluio, evidenciando também o crime de associação criminosa. Segundo o delegado, os próximos passos da investigação é descobrir o responsável ou responsáveis pelas falsificações. As investigações seguem, inclusive, com o intuito de identificar outros alunos que tenham utilizado do mesmo modo fraudulento para ingressarem em faculdades brasileiras.

Os envolvidos responderão pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida ou saúde de outrem e ainda poderão ser responsabilizados pelos indevidos valores auferidos por meio das bolsas de estudo.

Em nota, a Universidade de Rio Verde (UniRV) comunicou que vai expulsar os estudantes investigados.