O Assunto

Por G1


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O Assunto é publicado de segunda a sexta-feira, mas você pode aproveitar o fim de semana para ouvir todos os episódios:

O Assunto #560: CLIMA - o desafio maior das cidades

Em menos de 2% da superfície, as cidades concentram mais da metade da população e respondem por 60% das emissões de gases que aquecem o planeta. Sentem particularmente as consequências – na forma, por exemplo de temperaturas extremas e inundações– e são, ao mesmo tempo, território para a busca de soluções. É esse o tema do terceiro episódio da série especial que O Assunto publica como preparação para a Conferência da ONU sobre o Clima -a partir de 31 de outubro em Glasgow, na Escócia. “Os lugares para começar a atuar dentro das nossas cidades são aqueles onde vivem os mais vulneráveis”, afirma o geógrafo Henrique Evers, gerente de desenvolvimento do Instituto WRI Brasil. Ele se refere a áreas de risco urbanizadas no atropelo, e explica por que, a esta altura, será preciso não apenas mitigar as ameaças, mas também inventar adaptações a mudanças climáticas já em curso. Na conversa com Renata Lo Prete, Henrique detalha experiências como a dos “jardins de chuva” e apoia a ideia de cobrir de plantas toda a superfície possível das cidades. A natureza, lembra ele, não é barreira, e sim “fonte de solução”. Participa também o arquiteto e urbanista Roberto Montezuma, professor da Universidade Federal de Pernambuco. Ele analisa problemas e experiências de Recife, capital especialmente exposta a um dos efeitos mais dramáticos do aquecimento global: a elevação do nível dos oceanos. A série especial será publicada às segundas-feiras, até o início da COP-26.

O Assunto #561: Aula presencial - hora de reverter a evasão

Retomado há tempos em outros países, o ensino 100% na escola só na última semana voltou a ser realidade em grande escala no Brasil. Cerca de metade dos Estados já se decidiu pela volta plena -em 3 deles, ela entrou em vigor nesta segunda-feira. Falando de São Paulo, da Bahia e do Mato Grosso, respectivamente, os repórteres Zelda Melo (TV Globo), Camila Oliveira (TV Bahia) e Leonardo Zamignani (TV Centro América) atualizam a situação. Descrevem a emoção de alunos, professores e funcionários. E acidentes de percurso: em São Paulo, por exemplo, parte das unidades da rede ainda terá que seguir no modelo híbrido, por falta de condições de cumprir protocolos básicos da pandemia. A despeito das diferenças regionais, um traço se mantém em todo o país: muitos estudantes perderam totalmente o contato com a escola, e vice-versa. Entrevistada por Renata Lo Prete neste episódio, a pedagoga Julia Ribeiro, oficial de Educação do Unicef no Brasil, fala sobre o imperativo de empreender uma “busca ativa” para resgatá-los. Ela lembra que, em 2020, mais de 5 milhões de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos não tiveram acesso à educação, o que levou o fundo da ONU a alertar para o risco de o país “regredir duas décadas" nesse quesito. Julia destaca ainda que o abandono está longe de ser homogêneo, comprometendo o futuro principalmente de estudantes pobres — negros, pardos e indígenas.

O Assunto #562: PEC da vingança - de quem contra quem

Uma disputa que tem, de um lado, parlamentares de variados partidos, e, de outro, o Ministério Público. No meio, uma proposta de emenda à Constituição para mudar a forma como são indicados os integrantes do conselho fiscalizador das atividades dos procuradores — que, por sua vez, fiscalizam o poder público. Na última terça-feira (19), por falta de consenso, o presidente da Câmara adiou mais uma vez a votação da matéria, enquanto entidades de representação do MP seguem reivindicando alterações num texto que qualificam como retrocesso institucional. Neste episódio, Renata Lo Prete coloca na balança, em conversa com Julia Duailibi, argumentos das duas partes. “Os mecanismos de investigação precisam ser protegidos”, lembra a apresentadora da GloboNews e colunista do G1. “Mas também aperfeiçoados". Julia resgata a Operação Lava Jato, com seu saldo inédito de condenações de empresários e políticos, como origem “do sentimento de autoproteção” que move o Congresso nesse e em outros projetos — como a recém-aprovada mudança na Lei de Improbidade. Ao mesmo tempo, “o Conselho Nacional do Ministério Público, como está, talvez não dê respostas suficientes à sociedade”. Ela se refere, por exemplo, à reação tíbia do CNMP às revelações da “Vaza Jato” sobre irregularidades na atuação da hoje extinta força-tarefa de Curitiba. “Agora, não é o controle via Centrão, como está sendo proposto, que vai resolver a situação".

O Assunto #563: CPI - o relatório e o que vem agora

Ao final de 6 meses de investigações, a Comissão Parlamentar de Inquérito mais importante da história do Brasil decidiu indiciar o presidente da República por crime contra a humanidade e mais 8 tipos penais. As ações e omissões que legaram ao país mais de 600 mil mortos na pandemia renderam acusações a outras 65 pessoas — entre elas 4 ministros, 2 ex-ministros, deputados, empresários e 3 filhos de Jair Bolsonaro. “O governo deixou uma série de digitais nas cenas desses crimes”, resume Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Falando direto de Brasília, onde acompanhou a apresentação do relatório, ele faz com Renata Lo Prete um balanço dos trabalhos da CPI. Destaca contribuições decisivas, como elementos de prova da macabra aposta do presidente e seu gabinete paralelo na imunidade de rebanho por contágio, bem como do corpo mole na compra de imunizantes. “Bolsonaro não trouxe o coronavírus, mas se aliou à doença contra a população que deveria proteger”, diz Bernardo. A comissão avançou também sobre o “camelódromo de vacinas com personagens do submundo” (caso Covaxin), além de bater no iceberg do escândalo Prevent Senior. Por outro lado, o jornalista aponta a timidez dos senadores na responsabilização dos militares e o pouco interesse em ir a fundo na questão indígena. O episódio contempla ainda o próximo capítulo dessa história, em que as atenções se voltam para o que fará o procurador-geral da República, Augusto Aras.

O Assunto #564: A implosão do teto e da equipe econômica

O governo rasgou o que restava de sua fantasia de responsabilidade fiscal ao executar manobra que abrirá espaço de R$ 83 bilhões no Orçamento de 2022. Na prática, isso rompe o limite de gastos introduzido na Constituição em 2016. Parte desse dinheiro será usada para bancar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família que Jair Bolsonaro pretende usar como ativo na campanha do ano que vem. E parte é cobiçada pelo Congresso na forma de mais emendas. Neste episódio, o professor João Villaverde, da FGV, explica a gambiarra e suas consequências de longo prazo — entre as imediatas está a debandada de vários secretários do ministro Paulo Guedes, além de novo tombo da Bolsa e empinada do dólar. Autor do livro “Perigosas Pedaladas”, sobre a contabilidade criativa que precipitou a ruína do governo de Dilma Rousseff, João descreve a "esculhambação institucional" do atual momento. Ela está em tantas áreas que “você não sabe nem para onde olhar: Orçamento secreto, precatórios, caminhoneiros”, lista ele na conversa com Renata Lo Prete. Participa também a economista Tereza Campelo, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2011-2016), para lembrar que a discussão sobre o Auxílio Brasil não pode ser apenas fiscal. Ela considera no mínimo impreciso tratá-lo como um Bolsa Família “rebatizado”, porque são dois programas muito diferentes. Este, "simples e muito claro em seus objetivos", acaba de completar 18 anos, tendo gerado impactos positivos "generalizados" e mundialmente reconhecidos. O novo é uma “árvore de Natal” da qual pouco se sabe, repleto de condicionantes e diferenciações que acabam por "excluir pessoas". Fora as incertezas sobre o valor do benefício para além do ano eleitoral.

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Arthur Stabile, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Giovanni Reginato. Nesta semana, colaboraram também Gabriel de Campos e Ana Flávia Paula. Apresentação: Renata Lo Prete.

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