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Bolsonaro critica demissão de Alexandre Garcia: ‘Não tem coisa mais absurda’

Apoiador de Bolsonaro, o comentarista foi corrigido ao vivo e dispensado pela CNN Brasil após defender o ineficaz tratamento precoce

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa de Alexandre Garcia, jornalista bolsonarista demitido da CNN Brasil após defender o ineficaz tratamento precoce aplicado na Prevent Senior. Em discurso de lançamento do Caixa Tem, em Brasília nesta segunda-feira 27, o presidente chamou de ‘estarrecedora’ a dispensa do comentarista.

“Assistimos na semana passada algo estarrecedor numa grande rede de televisão. Num quadro conhecido como liberdade de opinião, um famoso jornalista foi demitido por sua opinião. Não tem coisa mais absurda do que isso”, afirmou. “Pra onde estamos caminhando?”

A exemplo de Garcia, o presidente voltou a defender os medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19, usando o caso do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, diagnosticado recentemente com a doença.

“Nos Estados Unidos, antes de voltar pra cá, chegou pra mim o nome do Queiroga, que estava infectado. Eu fui então no quarto do Queiroga [e perguntei] ‘dai Queiroga, tudo bem contigo? Tomou vacina?’ [Ele respondeu] ‘Tomei’…Costumo brincar com ele: ‘dormiu de máscara?’…ele sorriu…todo mundo sabe que raramente ele tira a máscara…pois tá aí infectado”, relatou Bolsonaro, confessando que quebrou os protocolos e se encontrou com o ministro mesmo já após a confirmação de seu diagnóstico.

“Não vou falar tudo o que conversei com ele, mas me dirigi pra ele e falei o seguinte: você vai seguir o protocolo do Mandetta, esperar sentir falta de ar pra procurar um médico, ou vai partir pra medicamento outro qualquer agora? Não vou responder a vocês o que ele me disse”, acrescentou, dando a entender que o ministro optou por recorrer ao ‘kit covid’.

Embora tenha negado ser contra a vacina Bolsonaro pregou desinformação contra o imunizante. O ex-capitão enumerou casos de Covid-19 entre aliados que já foram imunizados com ao menos uma dose da vacina.

Tereza Cristina tomou as vacinas e tá em casa. O Bruno Bianco a mesma coisa. O meu filho Eduardo Bolsonaro a mesma coisa. Ainda há uma grande incógnita nisso daí. Prato feito pra imprensa dizer que eu sou negacionista”, diz, omitindo que a ciência já comprovou a eficácia dos imunizantes e deixou claro que nenhuma vacina impede totalmente a contaminação pelo vírus, mas protege o imunizado contra o agravamento da doença.

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