Boa noite. Os principais destaques do dia:
Em decisão criticada por especialistas, Ministério da Saúde volta atrás e deixa de recomendar a vacinação de adolescentes sem comorbidades. Dossiê aponta que Prevent Senior ocultou mortes de pacientes que participaram de um estudo para testar eficácia da hidroxicloroquina e apoiado pelo governo Bolsonaro. Pesquisa Datafolha mostra que reprovação ao presidente atingiu 53%, pior índice do mandato. E a "Voz das mulheres" no especial de 15 anos do G1.
Vacinação de adolescentes
Queiroga diz que cidades iniciaram vacinação de adolescentes antes do tempo
O Ministério da Saúde voltou atrás a respeito da vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. A orientação agora é que as doses não sejam aplicadas nesse grupo. Assim, a imunização deve ficar restrita a três perfis: adolescentes com comorbidades, adolescentes com deficiência permanente e adolescentes que estejam privados de liberdade. A nova diretriz contraria uma outra publicada pela pasta em 2 de setembro, que recomendava o início da campanha para essa faixa etária a partir do dia 15 deste mês – ou seja, ontem.
O ministro Marcelo Queiroga alegou que a mudança se deve à falta de evidências científicas consolidadas sobre o benefício da vacinação de adolescentes sem comorbidades. Ele citou que mais de 3,5 milhões de adolescentes foram imunizados no Brasil de forma "intempestiva", ou seja, sem a autorização do Plano Nacional de Imunizações (PNI). Segundo Queiroga, 1,5 mil (0,042% do total) apresentaram eventos adversos. Em 93% dos casos, esses registros ocorreram no público que tomou vacinas sem autorização para uso em adolescentes. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, em junho, a aplicação da Pfizer a partir dos 12 anos sem restrições.
Exclusivo GloboNews
O plano de saúde Prevent Senior ocultou mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para tratar a Covid-19, aponta um dossiê ao qual a GloboNews teve acesso (assista à reportagem). Apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro, a pesquisa é usada pelos defensores da cloroquina para justificar a prescrição do medicamento, que é ineficaz no combate à doença. A CPI da Covid recebeu um documento com uma série de denúncias de irregularidades, elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent. A comissão ouviria hoje depoimento do diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, mas ele não compareceu. O depoimento deve ficar para quarta-feira que vem.
Pesquisa de opinião
Um levantamento do Instituto Datafolha divulgado hoje no site do jornal "Folha de S.Paulo" informou que a reprovação ao governo Bolsonaro oscilou 2 pontos percentuais em relação à pesquisa de opinião feita em julho. Agora, 53% dos entrevistados disseram considerar o governo ruim ou péssimo – é o pior índice do mandato. Veja, abaixo, os resultados:
- Ótimo/bom: 22% (eram 24% no levantamento anterior)
- Regular: 24% (eram 24%)
- Ruim/péssimo: 53% (eram 51%)
- Não sabe: 1% (era 1%)
Ops... 🤬🤦♂️
Sem saber que o seu microfone estava ligado, o deputado federal Igor Timo (Podemos-MG) xingou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no encerramento da votação no plenário na noite de ontem. Timo, que participava da sessão de forma remota, falou: "Ele está encerrando já. Ele não vai me deixar falar, de novo. Quer ver? Que filho da...". Lira ficou em silêncio por alguns segundos, enquanto outros parlamentares gargalharam. Assista à gafe.
Especial G1 15 anos 👩🦳👱🏻♀️👩🏼🦰👩🏽🦱🧕🏾👩🏿🎤
"Voz das mulheres" é o tema do especial de hoje na série que comemora os 15 anos do G1. A reportagem traz um conjunto de mais de 150 documentos de autoria de mulheres escritos entre 1500 e 1822. O material foi reunido pela primeira vez por um grupo de pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP). Nos textos, relatos de assédio na Igreja, abuso familiar, abandono e preconceito. Desde 2006, o G1 vem noticiando casos de violência doméstica e lesbofobia, por exemplo. Nessa década e meia, encontramos histórias que conectam o Brasil de hoje ao colonial. Visite a página especial dos 15 anos do G1.
Acordo de segurança
Aukus. Esse é o nome do pacto militar anunciado hoje pelos EUA, Reino Unido e Austrália para conter a China. A iniciativa foi motivada por um temor diante do avanço da presença militar dos chineses na região do Indo-Pacífico (que inclui os oceanos Índico e Pacífico). Mas o que isso significa? A Austrália terá permissão para construir submarinos de propulsão nuclear pela 1ª vez, a partir de tecnologia americana. Além disso, o acordo inclui áreas como inteligência artificial, tecnologia quântica e cibersegurança. Em resposta, a embaixada da China em Washington acusou os participantes do acordo de terem "mentalidade de Guerra Fria e preconceito ideológico".
Com isso...
A Austrália abandonou um acordo de quase R$ 190 bilhões assinado com a França em 2016, com o objetivo de construir 12 submarinos não nucleares.
Dando voltas na Terra 🌎
🚀 A SpaceX divulgou imagens do domo de vidro da cápsula usada na missão Inspiration4, que decolou ontem para um voo orbital de 3 dias. É uma "superjanela" com visão privilegiada. Esta é a 1ª missão com tripulação totalmente civil a orbitar o planeta, um marco para o turismo espacial e para a empresa do bilionário Elon Musk. Entenda a missão.
Tem 5 minutos?
🕺 Você já deve ter visto vídeos de dancinhas circulando pelas redes sociais. Por trás desses fenômenos que viralizam na internet, há desde criadores profissionais e casas especializadas em produção de conteúdo a dançarinos iniciantes e usuários amadores. 👉 Entenda como nascem e ganham força essas criações de sucesso.
🤯 OUTROS QUINHENTOS
R$ 135. Esse é o valor que um botijão de gás de 13kg chega a custar atualmente. Desde o início do ano, o preço médio subiu quase 30%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O valor passou de R$ 75,29 no final de 2020 a R$ 96,89 na semana passada. A alta é mais de cinco vezes superior à inflação acumulada no período (5,67%).
A BOA DO DIA
Desenho de Van Gogh de 1882 é exposto em Amsterdã pela primeira vez — Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
Guardado por mais de 100 anos num acervo familiar, um desenho até então desconhecido feito por Van Gogh entrou em exibição no museu que leva o nome do artista holandês. Pesquisadores da instituição, que fica em Amsterdã, dizem que a obra tem "valor incalculável". Ela ficará exposta até 2 de janeiro de 2022.