Almir Rogério Gomes da Silva, suspeito de integrar uma milícia do Rio de Janeiro, foi preso na Paraíba na última quarta-feira (28).

De acordo com as autoridades paraibanas, o grupo do qual Almir faz parte foi citado pela viúva do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, morto na Bahia em 2020 e suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, ao falar sobre quem teria matado a vereadora.

“A prisão foi realizada por policiais da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado), no município de Queimadas/PB. O alvo estava na companhia de outro homem, que também foi preso. O nome do alvo principal está no site www.disquedenuncia.org.br, do Rio de Janeiro. Ele já foi denunciado pelo MPRJ (Ministério Público do RJ), que pediu a condenação do investigado com base no assassinato de Eliezio Victor do Santos Lima, em outubro de 2018”, dizia a nota da Polícia Civil da Paraíba.

Diego Beltrão, delegado da Draco, informou que as investigações descobriram que Almir cometeu outro assassinato no Rio de Janeiro, no dia 3 de junho, o que pode ter ocasionado sua fuga para a Paraíba.

“Parte dos milicianos ligados ao homem capturado em Queimadas hoje foi presa em operações policiais naquele estado. Mas ele, que é um dos chefes desse grupo, conseguiu escapar dessas investidas. Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado”, afirmou Diego.

A nota da Polícia Civil da Paraíba ainda informa que as autoridades policiais do Rio de Janeiro já tomaram conhecimento da prisão e confirmaram a periculosidade do criminoso. “É um dos chefes de milícia mais procurados aqui no Rio de Janeiro”, contou o delegado Henrique Damaceno.

Almir será levado sob escolta policial até o Rio de Janeiro, onde deverá responder pelos seus crimes.