Por G1


Sem público, carros alegóricos saem às ruas de Nova York nesta quinta-feira (26) no tradicional desfile de Dia de Ação de Graças — Foto: Craig Ruttle/AP Photo

O desfile organizado pela loja Macy's para comemorar o Dia de Ação de Graças em Nova York, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos, ocorreu nesta quinta-feira (26) sem o público que todos os anos lota as ruas da maior cidade americana.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, as pessoas tiveram de assistir ao desfile pela televisão. Os carros alegóricos e os balões em forma de personagens de desenhos animados também circularam por uma área menor do que o normal: desta vez, ficaram restritos à rua em frente à Macy's, e não percorreram várias avenidas de Manhattan.

Balões em formato de personagens infantis participam de desfile do Dia de Ação de Graças em Nova York nesta quinta-feira (26) — Foto: Craig Ruttle/AP Photo

Sem público, desfile do Dia de Ação de Graças toma rua de Nova York nesta quinta-feira (26) — Foto: Craig Ruttle/AP Photo

Balão em formato de bebê é ajeitado antes de desfile do Dia de Ação de Graças em Nova York nesta quinta-feira (26) — Foto: Craig Ruttle/AP Photo

De longe, pessoas tentam acompanhar um pouco do desfile do Dia de Ação de Graças em Nova York nesta quinta-feira (26) — Foto: Craig Ruttle/AP Photo

Mesmo com os pedidos do governo nova-iorquino para que ficassem em casa, algumas pessoas se espremeram nas barreiras de contenção para tentar assistir, ao vivo, à passagem do desfile.

As autoridades de saúde dos Estados Unidos pediram que os americanos evitassem viajar neste Dia de Ação de Graças como forma de conter o avanço cada vez mais veloz da Covid-19 no país. São mais de 12,8 milhões de casos acumulados desde o começo da pandemia, que matou mais de 263 mil pessoas nos EUA.

Nova York, inclusive, admite retomar algumas das medidas de isolamento adotadas no início da crise de saúde. Isso porque a maior cidade dos EUA foi uma das que mais sofreu com o coronavírus em todo mundo, com um surto que matou milhares entre março e abril.

O Dia de Ação de Graças é um feriado em que os americanos costumam se reunir em família, como no Natal. Muitas vezes, eles viajam para se encontrar com parentes em outras partes do país — em uma data que normalmente figura entre as mais movimentadas nos aeroportos dos EUA.

Biden: 'Guerra contra o vírus'

Joe Biden discursa na quarta-feira (25) como presidente eleito em declaração dada antes do Dia de Ação de Graças — Foto: Joshua Roberts/Reuters

O presidente eleito Joe Biden, em discurso na véspera do Dia de Ação de Graças, disse que o governo americano deve "mudar a direção" da Covid-19" e reconheceu que os americanos estão "cansados da luta" contra a pandemia.

"Nós precisamos nos lembrar de que nossa guerra é com o vírus, não entre uns e outros", afirmou Biden.

O democrata também falou sobre as eleições americanas e a tentativa de Donald Trump em derrubar a confiança no sistema eleitoral — embora juízes de diversos estados chave e autoridades que observam a votação tenham negado qualquer irregularidade que possa mudar o resultado final.

"Nos EUA, temos eleições completas livres e justas e então honramos os resultados. As pessoas desta nação e as leis do nosso território não apoiarão nada de diferente", disse.

Trump admite deixar a Casa Branca após Colégio Eleitoral

Presidente dos EUA, Donald Trump, participa de conversa com militares por videoconferência no Dia de Ação de Graças, nesta quinta-feira (26) — Foto: Erin Scott/Reuters

Enquanto isso, o atual presidente, Donald Trump, pediu que as pessoas se juntem para comemorar o Dia de Ação de Graças e sugeriu que os EUA começarão a distribuir vacinas contra a Covid-19 já nos próximos dias.

Além disso, Trump voltou a insistir na tese, mais uma vez sem apresentar provas, de que as eleições de novembro foram fraudadas. Porém, ele admitiu que deixará a Casa Branca se o Colégio Eleitoral determinar a vitória de Joe Biden — isso ocorrerá, pelas projeções da Associated Press, com uma vantagem do democrata de 306 votos contra 232 do republicano.

"Certamente eu vou [deixar a Casa Branca], se confirmarem. Mas, se o fizerem, terão cometido um erro", disse Trump, derrotado em várias instâncias judiciais em estados onde tentou reverter a derrota eleitoral.

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