PGR apoia pedido de prorrogar por um mês inquérito que investiga Bolsonaro
Caso apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, após denúncia feita pelo ex-ministro Sergio Moro
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira, 1, ao Supremo Tribunal Federal mais 30 dias de prazo para concluir a apuração se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.
O inquérito foi aberto pelo STF em 27 de abril, três dias após o então ministro da Justiça, Sergio Moro, ter anunciado a demissão do cargo. Na ocasião, Moro disse que Bolsonaro interferiu na PF ao demitir o então diretor-geral da instituição, Maurício Valeixo. Bolsonaro nega a acusação.
A PF pediu na semana passada a prorrogação do inquérito, e o ministro Celso de Mello, relator do caso no STF, pediu à PGR que se manifestasse sobre o tema. Augusto Aras concordou com esse pedido e agora caberá ao relator, o ministro Celso de Mello, decidir se aceita.
Até o momento, uma série de depoimentos foi tomada, inclusive do ex-ministro Sergio Moro. Também foi tornado público o vídeo de uma reunião ministerial realizada no dia 22 de abril, em que Moro disse ter sido ameaçado por Bolsonaro de demissão diante da pressão por troca na PF. O presidente nega as acusações e disse que se referia à sua segurança pessoal.