Por G1 Rio


Pessoas na porta de um supermercado em Copacabana, em abril; movimento teve queda de 11% segundo entidade do setor — Foto: Marcos Serra Lima/Arquivo/G1

Em meio à crise econômica e sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus, o setor supermercadista do Rio de Janeiro é um dos poucos que teve alta nas vendas. Dados divulgados nesta quarta-feira (20) mostram que, diante da queda do movimento nas lojas físicas, o setor viu as vendas por delivery aumentarem 85% em dois meses de medidas de isolamento social.

Os dados foram divulgados pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj). No volume total de vendas, também houve alta, de 15%, no acumulado de março a maio se comparado com o mesmo período do ano passado.

Segundo a Asserj, o movimento nas lojas físicas teve queda de 11% no segundo mês de isolamento social na comparação com o primeiro mês da pandemia.

O levantamento foi feito entre os dias 12 de abril e 11 de maio.

Corrida inicial aos mercados

As vendas tiveram queda de 4% no segundo mês da pandemia quando comparado com o primeiro. A Asserj atribui este movimento à alta de 21% nas vendas registrada no começo da pandemia, quando houve uma corrida aos supermercados devido ao receio de desabastecimento.

Para o presidente da Asserj, Fábio Queiróz, as medidas de isolamento foram determinantes para uma mudança no comportamento do consumidor.

“A queda de movimento era esperada no segundo mês porque muita gente correu para os supermercados assim que o isolamento começou, com medo de um possível desabastecimento”, destacou.

2 mil vagas criadas

O balanço da Asserj apontou que o setor supermercadista seguiu movimentando o mercado de trabalho apesar da crise. Cerca de 2 mil vagas de emprego foram criadas pelo setor em todo o estado do Rio de Janeiro desde que teve início a pandemia.

A entidade destacou que muitas das vagas são anunciadas por meio do site Vagas no Varejo em parceria com 29 entidades ligadas ao segmento varejista. Lá, há oportunidades de emprego tanto para supermercados quanto para farmácias.

“Conseguimos [com o site] unir duas oportunidades, tanto para quem está precisando trabalhar, quanto para as empresas, que precisam repor profissionais neste momento”, disse a superintendente da Asserj, Keila Prates.

Somente entre os dias 12 de abril e 11 de maio, cerca de 12% dos trabalhadores nas redes associadas à Asserj foram afastados por apresentarem sintomas da Covid-19 ou fazerem parte do grupo de risco. A medida, segundo a entidade, vem sendo adotada pelos supermercados, desde o início do isolamento, para a segurança de todos.

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