Por France Presse


O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fala com a imprensa em Jerusalém, em foto de janeiro — Foto: Ronen Zvulun/Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve comparecer neste domingo na abertura do processo de corrupção contra ele, confirmou um tribunal de Jerusalém nesta quarta-feira (20).

Netanyahu havia solicitado dispensa desse trâmite, apesar do parecer do Ministério da Justiça ter exigido sua presença.

Como a opinião do ministério não tem força de lei, a corte de Jerusalém, que julgará o primeiro-ministro, tinha a última palavra. Em sua decisão, o Tribunal de Magistrados de Jerusalém cita uma cláusula na lei criminal israelense de que "uma pessoa só pode ser julgada sob acusação criminal em sua presença".

A audiência de domingo pretende ler a acusação, "cujos detalhes são bem conhecidos do nosso cliente", sugeriram os advogados de Netanyahu para justificar sua ausência.

Benjamin Netanyahu foi indiciado em novembro por corrupção, fraude e quebra de confiança em três casos diferentes. Um deles, chamado "4000" ou "Bezeq", o nome de uma empresa de telecomunicações, é particularmente sensível ao primeiro-ministro.

Neste dossiê, a justiça suspeita que Netanyahu fez favores do governo que poderiam ter gerado milhões de dólares para o chefe da empresa israelense Bezeq em troca de uma cobertura favorável da mídia de uma das mídias do grupo, o portal Walla.

O primeiro-ministro, que recebeu a luz verde do Parlamento como primeiro-ministro de um governo de unidade no domingo, juntamente com seu ex-rival eleitoral Benny Gantz, se declarou inocente nesses casos e denuncia uma conspiração.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!