Por Henrique Silva, Marcelo Poli e Rogério Rocha, Bom Dia SP — São Paulo


Cozinheiros autônomos distribuem marmitas

Cozinheiros autônomos distribuem marmitas

Com a queda das vendas devido a pandemia de coronavírus, uma empresa que conecta consumidores a cozinheiros informais, que fabricam marmitas, decidiu criar uma campanha para estimular a solidariedade e manter a lucratividade do negócio. Consumidores passaram a poder comprar kits de marmita que serão doados para instituições que atendem comunidades da capital paulista.

"Quando começou [a pandemia] deu aquele pânico , porque você estava acostumado com um ritmo de trabalho, uma quantidade de refeições, uma determinada renda, aí então, dá aquele pânico, aquele gelo, mas sempre confiante que o aplicativo ia dar uma solução porque eles são muito preocupados", disse Maura Souza, uma das cozinheiras que utilizam o aplicativo.

Em média 150 refeições são distribuídas por dia. Desde o início da campanha 'Faça o Bem' mais de duas mil marmitas já foram entregues. Para atender a demanda de todos os cozinheiros da plataforma é necessário que sejam vendidas cerca de 500 refeições, por dia. Um kit com 10 marmitas custa R$ 134.

"Foi assim que surgiu a ação 'Faça o Bem' que busca apoiadores que possam adquirir kits de marmitas, fomentando assim a geração de renda para as famílias que produzem as refeições, fortalecendo o comércio local e as compras de insumos que são feitas e levando refeições para quem tem fome, a população em situação de rua", disse Nelson Andreata, fundador da Eats for You.

Uma das instituições que recebeu as refeições foi a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, localizada na Zona Sul de São Paulo. A refeição é organizada em caixas por voluntários no local e depois segue para a distribuição.

"Essa solidariedade, ela já está acontecendo, mas a gente conta mesmo com as pessoas que puderem ajudar as regiões das periferias, como ali no Largo 13 e outros pequenos centros tão menos assistidos. Então, é importante apoiar as instituições e organizações que estão atendendo esses mais isolados e mais abandonados que é o caso aqui do nosso grupo", disse Arlindo Pereira Dias.

Dona Rosa foi uma das beneficiadas com a ação. "Se não fosse essa doação a gente ia passar fome", disse a idosa de 71 anos que sobrevive na rua há 1 um e meio na região do Largo 13.

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