Saúde

Cientistas sequenciam genomas do coronavírus em tempo recorde

Pesquisadores levaram 48 horas para realizar trabalho que pode ajudar em diagnósticos mais precisos

Trabalho de pesquisadores foi realizado em 48 horas. Foto: Divulgação/UFMG
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Pesquisadores se reuniram em uma força-tarefa na última semana e sequenciaram os primeiros 19 genomas do novo coronavírus de pacientes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os estudiosos realizaram o trabalho no tempo recorde de 48 horas.

A iniciativa é fruto de uma parceria da Universidade de São Paulo (USP) com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, e envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).

Segundo os cientistas, o sequenciamento do genoma é importante em qualquer epidemia viral, porque é dessa forma que se identifica o vírus. É a sequência de genomas que vai possibilitar, por exemplo, a criação de testes específicos que consigam detectar o vírus com alta de sensibilidade, sem haver confusão com outros vírus que causam os mesmos sintomas.

Esses dados podem colaborar ainda com a atuação das agências de controle para identificar “clusters de transmissão”, ou seja, locais em que o vírus circula em maior quantidade. Assim, é possível saber onde é necessário intervir de forma mais intensiva, com medidas como o isolamento social.

A análise das informações indica que o vírus Sars-CoV-2, causador da doença covid-19, entrou no Brasil vindo, principalmente, da Europa. Alguns casos foram importados da China. O estudo comprova ainda que, no Brasil, já há transmissão comunitária, ou seja, que já existe uma circulação livre do país.

Para o pesquisador Renato Aguiar, da UFMG, “esses resultados reforçam a necessidade do isolamento social e de testagem como medidas preventivas da transmissão da covid-19 no Brasil”, segundo declarou ao portal da instituição.

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