Por G1


Homem com máscara protetora passa pelo Departamento de Emergência e do Centro de Tratamento Urgente do hospital Chelsea e Westminster, no centro de Londres, na segunda-feira (23) — Foto: Daniel Leal-Olivas / AFP

Os hospitais públicos de Londres enfrentam um "tsunami contínuo" de pacientes de coronavírus, ao mesmo tempo que devem atuar com uma falta "sem precedentes" de profissionais porque muitos estão doentes, afirmou um dos diretores do Serviço Nacional de Saúde britânico.

Apesar de um grande aumento nas últimas semanas de sua capacidade de receber pacientes em unidades de terapia intensiva, os hospitais da capital registram "uma explosão" do número de "pacientes gravemente enfermos, uma espécie de tsunami contínuo", afirmou Chris Hopson do NHS (o SUS do Reino Unido) à rádio pública BBC.

O Reino Unido já registra 9,6 mil casos de infecção e mais de 460 mortes por causa do novo coronavírus, segundo cálculos da universidade americana Johns Hopkins.

Na terça-feira (24), passaram a valer regras de isolamento em uma tentativa de conter a expansão do novo coronavírus. Os britânicos só podem se deslocar para ir ao trabalho, caso não possam realizá-lo remotamente, e para comprar itens essenciais ou para atender necessidades médicas próprias ou de pessoas vulneráveis.

O governo do Reino Unido foi muito criticado ao lançar a hipótese de, inicialmente, adotar a estratégia de "mitigação" da pandemia e a "imunização de rebanho", ou infecção de grande parte da população, que na teoria desenvolveria imunidade coletiva com o objetivo de proteger todos os cidadãos.

Porém, de repente tudo mudou: um modelo matemático apresentado pelo Imperial College de Londres deu um panorama extremamente sombrio de como a doença iria se propagar pelo país, como iria impactar o sistema público de saúde e quantas pessoas iriam morrer.

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