Por G1


Presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, em entrevista coletiva na Casa Branca — Foto: AP Photo/Alex Brandon

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nessa quarta-feira (24) que não deve se precipitar para pôr fim às medidas de isolamento por conta do coronavírus no país que atingem quase a metade do país.

"Não vou fazer nada precipitado ou apressado", disse Trump. "Eu não faço isso."

Ele sinalizou que o governo dos EUA deve repensar sua estratégia após o fim dos 15 dias de isolamento. Em uma entrevista coletiva na Casa Branca, ele reforçou que ainda com o retorno às atividades ainda manteria o distanciamento social.

"Quero recuperar nosso país", disse o presidente dos EUA. "Ninguém vai sair por aí nos escritórios se beijando ou abraçando, mesmo que sintam vontade."

Trump disse também que vai assinar um alívio fiscal como resposta aos efeitos econômicos da pandemia "imediatamente" assim que chegar à sua mesa e que não teria problemas em voltar a pedir mais dinheiro para o Congresso.

US$ 2 trilhões

Senadores republicanos e democratas e a Casa Branca chegaram nesta madrugada a um acordo sobre um plano federal de estímulos de US$ 2 trilhões para aliviar as consequências da pandemia do coronavírus sobre a economia do país. O pacote deverá auxiliar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde.

"Por fim, temos um acordo", afirmou o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, antes de citar um "nível de investimentos de tempos de guerra".

O valor equivale a aproximadamente R$ 10,2 trilhões, o que representa um montante maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em valores correntes, que em 2019 totalizou R$ 7,3 trilhões.

Centro do surto

Homem caminha pela Times Square, em Nova York (EUA), quase vazia na manhã de segunda-feira (23) — Foto: Mark Lennihan/AP

Os EUA registraram até o momento um total de 54.453 casos de Covid-19 e ao menos 737 mortes, segundo o balanço mais recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Com 192 mortes registradas até às 12h desta quarta, Nova York é o estado mais atingido pela doença.

O governador do estado, Andrew Cuomo, disse que os controles de densidade parecem estar funcionando, já que as hospitalizações que estavam dobrando a cada dois dias no domingo (22), passaram a dobrar a cada 4,7 dias na última terça (24).

O governador ainda disse que esportes de contato próximo, como o basquete nos parques, poderão ser banidos se a população não colaborar com as medidas restritivas.

Antes da Páscoa

Na terça-feira, Trump afirmou que algumas regiões do país estariam fora do isolamento até a Páscoa, em 12 de abril.

Ao menos 13 estados instauraram medidas de distanciamento social para conter o avanço do novo coronavírus, cerca de 45% da população americana já seria afetada, segundo a rede de notícias CNN.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na terça para uma "aceleração muito grande" no número de casos de coronavírus nos EUA, o que representa potencial para o país se tornar o novo epicentro da epidemia.

Estados Unidos podem se tornar novo epicentro do coronavírus

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